Mente Saudável


O QUE A MENTE HUMANA É CAPAZ DE FAZER

A saúde mental (ou sanidade mental) é um termo usado para descrever um nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou a ausência de uma doença mental. Na perspectiva da psicologia positiva. A saúde mental pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica.
O segredo da saúde da mente e do corpo pode estar em tirar o foco dos acontecimentos aflitivos do passado, e em não criar uma preocupação aflitiva com relação ao futuro, antecipando assim aflições. Um viver em serenidade com o foco mais no presente, pode sabiamente evitar os conflitos mentais, bem como: ansiedade, depressão, e tantas outras angustias mentais. Viver com sabedoria, fé e equilíbrio é, com certeza, o caminho para uma mente saudável, que seguramente refletirá em um corpo com mais saúde também.
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Milhões de pessoas em todo mundo tem desordens mentais, neurológicas e comportamentais, que podem causar um imenso sofrimento, isolamento social, diminuição da qualidade de vida e até aumento da mortalidade.
Segundo ao OMS mais de 154 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão, 91 milhões de pessoas são afetadas pelo abuso de álcool e 15 milhões pelo abuso de drogas. Um relatório publicado recentemente demonstrou que 50 milhões de pessoas sofrem de epilepsia e 24 milhões de Alzheimer e outras demências.
Estima-se ainda que cerca de 900 000 pessoas cometam suicídio todos os anos. A maioria das desordens não são diagnosticadas ou tratadas. Muitas vezes devido ao estigma e à falta de informação em relação à doença mental.
O tratamento medicamentoso tem um papel fundamental para o controle das doenças mentais, mas a alimentação, exercício físico regular e o sono têm importância fundamental na prevenção e tratamento das doenças mentais.
O Dia Mundial da Saúde Mental é uma oportunidade importante para mobilizar recursos internacionais, com vista a assegurar a prestação de cuidados de saúde mental adequados. Governos e organizações de saúde pública, sociedade civil, organismos multilaterais e doadores devem desenvolver esforços em prol da realização deste objetivo.
Existem tratamentos eficazes para uma série de distúrbios mentais. Devemos unir esforços para aumentar a oferta de serviços de saúde mental e assegurar que os sistemas básicos de saúde no mundo todo prestem serviços de saúde mental. Fonte
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Quando a mente adoece
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) mais de 400 milhões de pessoas sofrem de transtornos mentais ou comportamentais. No Brasil cerca de 3% da população precisa de cuidados em saúde mental por transtornos graves.
Exclusão. Isolamento forçado e marcas de um tratamento radical. Tratamento dos médicos, da família e da sociedade. O ar sombrio dos corredores contrasta com a claridade das roupas. A paz do branco pouco representa o íntimo de cada coração que chega. Estar fora ou longe de si mesmo e a mercê de quem quiser de quem puder. Angústia, medo, agressividade e abstinência. Longe dos olhos da sociedade e à margem da representatividade coletiva.
A mudança das estruturas de tratamento de saúde mental, entretanto, não quer dizer necessariamente a mudança de valores sociais.
A mudança das estruturas de tratamento de saúde mental, entretanto, não quer dizer necessariamente a mudança de valores sociais.
Na contramão dos avanços no tratamento, ser um doente mental para grande parte da sociedade é sinônimo de estranheza, perigo e rotulações. Rótulos, isso é o que uma paciente que já se trata há 10 anos com diagnóstico de transtorno mental mais recebeu até hoje. Desde que a doença se tornou mais visível para o seu círculo de convivência, ela tem seu nome aliado ao adjetivo de “louca” ecoando pelas ruas, sobretudo pelas crianças. Na opinião dela, o mínimo que os pais deveriam fazer é explicar aos seus filhos que ela é doente, que sofre de uma depressão profunda. Pelo que ela recorda, o transtorno iniciou depois do parto, a memória um pouco falha se esforça para contar em detalhes o que a doença já lhe causou.
Andar sem roupa na rua, jogar pedra nas pessoas, agredir e ser agredida, e estar hoje sozinha. O filho está em um abrigo municipal e ela é cuidada por uma tia. Segundo ela, é a tia que lhe dá banho, cuida o horário dos remédios e acompanha o tratamento no CAPS II de Chapecó. O desejo dessa mulher de 38 anos é deixar de sentir os fortes efeitos da medicação, corpo inchado e dores constantes na cabeça. Foi assim que ela começou a conversa, relatando um anseio que subjetivamente é mais profundo, é um desejo implícito de sentir a recuperação mais forte do que as vozes que ecoam dentro e fora dela e que insistem em lhe chamar de “louca”.
Simone de Souza, coordenadora do CAPS II de Chapecó, trabalha há 13 anos diretamente com saúde mental, ela explica que o diagnóstico não é algo palpável como em outras doenças, ou seja não há nenhum exame, tomografia, raio x, exame de imagens, que possa comprovar. O diagnóstico é feito a partir da observação dos sintomas, muito embora, este diagnóstico demore para ser fechado, é analisado muitas vezes antes de um palavra final da equipe multiprofissional do CAPS, até porque a cada consulta os pacientes de transtorno mental podem mudar de sintomas, muito porque o diagnóstico cria um rótulo para o paciente.
Segundo Simome, hoje há 3500 pacientes ativos atendidos, embora haja cerca de 6500 pacientes cadastrados no CAPS II. Os diagnósticos recebidos pelo CAPS II são de psicóticos, neuróticos, esquizofrênicos, depressivos graves, risco de suicidas, bipolaridade, surtos psicóticos e transtorno afetivo bipolar. A enfermeira explica que os casos mais frequentes são relacionados a transtorno afetivo bipolar, depressão grave e risco suicida.

Doença mental
Assim como nos casos de hipótese de doença mental em crianças, a influência da estrutura familiar, ou da falta dela, é um fator determinante no desenvolvimento da doença mental em adultos. Muitos casos, segundo Simone, envolvem pacientes vítimas de maus tratos, famílias com envolvimento com bebidas, totalmente desestruturadas, pais agressores, mães submissas, e muitos são vítimas de abuso sexual.
Umas pacientes que aceitou dar entrevista no CAPS II não aceitou ter seu nome revelado, ela acredita que seu exemplo seja mais valioso do que seu nome que pode ser usado apenas para criar estereótipos. Na história dela muitos capítulos contribuíram para o quadro de transtorno mental que ela possui hoje. Há cinco anos ela deixou a vida de prostituição depois de perceber que isso causava um forte dano a sua saúde mental. Traumas e imagens que continuam a acompanhar a vida dessa mulher. Ela foi ao CAPS II porque uma amiga deixou o individualismo de lado e decidiu se envolver e ajudá-la. As crises agressivas, causadas por um quadro de depressão profunda, cada vez mais frequentes foram a mola propulsora do início do tratamento.
Hoje ela considera o caso estável, porém, tem consciência de que pode haver uma recaída em algum momento, como no final do ano passado quando cortou os pulsos em uma tentativa de morte.
Esta mulher destaca a relevância da participação da família em seu tratamento. Mora com os filhos, e principalmente uma delas ajuda a organizar a medicação da mãe. “É ela que me cuida, se não fosse por eles não sei se eu estaria na rua, nem sei se estaria viva”, comenta. Hoje a maior força para a recuperação desta mulher vem da neta de quarto meses, com orgulho ela exibe a foto da criança que parece ser uma dose imediata de remédio para capaz de abrir o único sorriso desde o início da entrevista.
O acompanhamento familiar segue sendo uma variável decisiva na recuperação ou estabilização do caso destes pacientes. Entretanto, Simone explica que são poucas as famílias que se comprometem com o tratamento. Segundo a psicóloga e coordenadora de Saúde Mental de Chapecó, Luciana Bertaso de Azevedo, “cada um de nós tem que assumir seus familiares, os pacientes de esquizofrenia não tem culpa, por exemplo, eles são doentes, assim como quem tem qualquer outra doença“. Simone comenta que a família precisa entender que o comportamento diferente dos pacientes não é “sem vergonhisse”. Neste sentido, os grupos familiares desenvolvidos nos três CAPS contribuem para o entendimento das famílias sobre as doenças e os tratamentos. Fonte.

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